Eduardo Miranda

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sinfoemas para elevadores

difícil ser dia em qualquer manhã de segunda (maior)
afunda corpo depois cabeça na terça (menor) ainda oca
e não passa já quarta (justa) também não escapo assim
quinta (diminuta) esforça o lançar fora da mesma fresta
de sexta (aumentada) balada cigana que entoa noite
infame de algum antigo e esquecido rancor ápoto:
domingo-celofane (oitava) envolve sábado (sétima)



pretendo me envolver.
em 2000 rotações
jazz-me-ei


tudo me enoja
não preciso de estantes vazias
preciso sim cabeça fria
pés livres
mãos firmes
olhos abertos

permanecer vivo até o fim
intocável
incomunicável
irrespirável
indecifrável
embalos ateus adeus
deus agora e sem
ilumina


minha cabeça-cabaça oca palavras
manhas tardias ter-te onde possa
funda fossa afoga tarde
morta bem-quereres albergues
espirituais promíscuos canto de
minh'alma…


jazz aqui mundo qu'eu foria
crescida fatia muito fermento
tanto pouco pro qu'eu fui
intuito crasso e despótico
depósito raso de outra paz:
jazz aqui mundo d'eu folia.




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