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sussurros d'alma trópica londrinense no prenúncio da década de chumbo

essas antigas palavras adolescentes são dedicadas a Abimbola Xavier e a meus filhos Manuela e Bruno Fernandes

 

Zoo-Zoom

 

 

       zumbido

       zumbido

zzzzzzzumbido vago pernilongo

       zumbido

       zumbido

       zumbido

zzzzzzzumbido pneumático

       zumbido

       zumbido

       zumbido

       zumbido

zzzzzzzumbido jato partido pro alto

       zumbido

       zumbido

       zzzumbido

       zzzzzzzzzzumbido / zumbido zoo zoom

 

 

Teia-Arranha-Céus

 

Furos abertos pro espaço

                   quadratura

de rígidas linhas

       quebradas

Descompasso, nas alturas

                   despontam erigidos

solidificados arcabouços

                   de seres de coleira-gravata

 

Massa-fria-concreta-ereta

       burocracia arquitetante

no interior da pesada estrutura

       máquinas que parem

                   fixantes

números metálicos

 

 

Canto Paralelo

 

Na noite

O canto do grilo

O canto uivante do cão

O fiurfulhar das baratas

 

Na noite

O canto sufocado

O rádio amordaçado

O sapatear do rato

No forro prateado

 

Na noite

O canto das rodas gritantes

Na esquina da noite

O canto de morte do padeiro

No ritmo cavalgado

 

 

Na noite

O canto  solitário da coruja

O vôo rasante do morcego

Me envolvo

No sonho vasante

 

Na noite

Lençol branco / mente escura.

 

 

CANTARES

 

CANTO A INCOMPREENSÃO

DA COMPREENSÃO LÓGICA

DOS FATOS

DO COTIDIANO

DA VIDA MUNDANA

DE

       NÓS.

 

 

o

mundo

virou

na

esquina

à

toda velocidade

o

rio das lavas incandescentes

levam coloridas pétalas

brancas / cheirosas de cravo / flor

o céu envidrou-se

o sol chorou raios

a lua suou gotas

transparentes

o amanhecer

jorrou no

meu vidro

(janela)

vida

 

 

Vaga-Lembrança

 

O

Homem da rua-asfalto

O

Olhar sério

A

Carta postante

Mulher-moça

Descalça

Em ruas

Tranças d’oiros

Olhar-Céu

Velocidades-pneumáticos

Vermelho. bus

Volvo-me

“In” na

Procura

Do cheiro

Do

Corpo d’outra terra

Distante-forte

Do homem sofrido

Do berro-vaqueiro

Do couro-sapato

Mãos

Abraça polos

Distantes

Num fio, sentimento contido.

 

 

Nome!

 

O

sensualismo

das pessoas

que

padecem

na sua própria

amplidão

ilusória

desconjuntada

pelo

finalsorriso amarelo

daqueles

que

não

satisfazem

os desejos

parados

escangalhados

do moralismo

bem levado mentalmente

em gongorras

do seu corpo,

perdendo-se

em compassos

sem métrica

 

 

Corrente

 

DE CINZAS                                   2 CORPOS

SAINDO                            EM

FUMAÇA                           MUITO MAIS

ENTRELAÇADOS             NUMA

SEQUENCIAL                               LUTA

VIVA                                              CARA À CARA

NA ESTEIRA                                 SABEDORIA

DA MENTE                                    QUE JUNTOS

DOS “HOMENS               SOMOS

PENSAMENTOS               MUITOS

UNÍSSONOS                                 EM

CORPO À CORPO                        MUITOS MAIS

como se fossem…               muito mais

 

 

Sono-Suado

 

berra o trem na

madrugada

no espaço de aço

pesada-agonia,

carga-samba

encruzilhada

                                           negros

deitados em

                                           beiradas

de erva

                                           caídos,

deixados

                                           confundem

na noite

                                           tremor de

trilhos

                                           sacode

seu sono

                                           na noite

pegajosa

 

 

Mensagem À Pomba-Gira

 

Mergulhar no raso

Dos seus olhos-cachoeira

Que juraram espadas

De brilho e atração

 

Foi como uma brisa

No corpo e alma

Envolveu-me todo

Flanando meu espírito de amor

 

Vibrou meu corpo

Num raio de luz

Cortou as arestas de pedra

Vertendo mel do seu interior

 

No espaço fugídio meu

Corpo e alma e pensamento

Rodopiou a cidade

Sintônico contigo

 

E deitou no teu sorriso de fruta rosada.

 

 

tempocontemplo

 

pular amarelinha

brincar na salva

passar anel

coquetel

feijão com arroz

um dois

ai que vontade

de pular a

cêrca do momento

 

 

Boîte

 

Lâmpadas vermelhas,

Vagos corpos bamboleiam,

Falso som musical que invade,

Instintos rebeldes,

Estímulos artificiais, babmoleiam…

Luz rítmica do ritmo

Vago da luz pálida

Chorando artifícios

De falsos orgasmos

 

 

Faces Metálicas

 

mil roncos - broncos

de máquinas - automóveis

de pesados fungos

de caminhões - carcaças

varam, avariando a

desvairada, arena - paulicéia


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