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Depois de um tempo sem falar com o poeta Arnaldo Xavier, resolvi ligar para ele ontem... ninguém atendeu... Hoje soube que, a partir das quatro da tarde, já não estava mais neste mundo… deve ter ido encontrar Jorge Luís Borges... na sua única viagem ao exterior, Arnaldo ( o escritor de Campina Grande ) avistou el brujo del Palermo Viejo caminhando pelas ruas porteñas... ficou observando... anos depois sonhou que encontrara Borges e que tivera uma longa conversa com ele...

Arnaldo Xavier foi escritor (*), letrista (**), teatrólogo (***), ativista de entidades defensoras dos negros, colaborador de jornais (****) e até editor (*****). Da geração da poesia contracultural (formada por nomes como Aristides Klafke, Souza Lopes, Roberto Piva, Bráulio Tavares, Glauco Mattoso, Ele Semog, Ronievalter Jatobá, etc.), sempre contava estórias e conhecia profundamente os subterrâneos da literatura...
 
Arnaldo era o paraibano mais paulistano que existiu... conhecia cada detalhe da cidade: - "Este bar era freqüentado por Oswald de Andrade"... "aquela estátua é do mesmo escultor do Borba Gato" eram coisas que costumava dizer... Xavier não conseguiu publicar toda a sua obra... há um livro em cores, inédito, lindíssimo chamado HEKATOMBLUE, algumas vezes folheei os originais... esta obra deveria ser editada pelo Ministério da Cultura (ou entidade similar).
 
Participei com ele da exposição "Impressões Paulistanas" em 1993 na Galeria que havia sob a R. Xavier de Toledo, junto ao viaduto do Chá e também das antologias poéticas "Amigos" (Casa Pyndahyba, SP – 1994) e "Contralamúria" (Casa Pyndahyba, SP – 1995). Não consigo escrever mais nada... Que os céus iluminem sua ex-esposa Rose e seu filho Ambimbola, que ele, de lá de cima direcionará os holofotes!!!
 
José Geraldo, 27-01-2004

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