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alegres lebres dançam
em círculos de orelhas arqueadas
apsaras, lakshmi & + xiii deuses
um deles traz um astro
cortado do néctar sob o manto
e diz educadamente:
"que se fodam todos"
– falo através de primaveras
e ouves por outonos
soma
indra
sûrya
"mas eu tenho minha própria lua"
hoje pretendo fingir
mais do que completamente,
e ao invés de fingir ser dor
a dor que deveras sinto,
sintirei a intensidade da dor
na dor que apenas minto.
se precisasse escrever natureza
iria a ela
nela mesma
se fosse escrito encomendado
exigiria pagamento
adiantado
em doses de bom conhaque
que às flôres
dinheiro é arenque.
agora garôa toda eu
do crente ou ateu cão
uivando o temor rente
ao seu redor ouvindo
a morte ao ser a dor
de algo me falto...
(a generosidade não
surge do acaso)
o medo do brilho
estrondoso
da futuridade.
eu vivo em trincheiras provisórias
antônio risério
todo morto traz na cara
a marca do que viveu
cujo cunho pode estar no peito
feito o cunho que está no meu
todo morto tem uma vida
dia ou outro rogada a deus
heréu cabresto da própria sina
enzima azêda acometeu
todo morto morrido
jazido quer ser
na jazida que escolheu.
o que te mata, meu amigo
te digo e pode crer
também mata eu.
... que hoje nasci...
por isso estou aqui,
simplesmente desatando nós...
e que ano este, de desatar nós
(nós que somos frágeis)
e de tantos nós apertados
desatados, passamos a ser sós...
sos de amor esquecido,
desmilingüido e minguado:
capacho de emoções.
tarda presepio
continúo ahi direcção
novo anno y habituaes
camilhecel-o secco y
hypocrita tractado de
odio comprehensivo y
affetuoso tempo mata
mappas naturaes de
paletot
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poesia, literarura & afins
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